sábado, 12 de março de 2011

Um ruido no Porão; Parte 2

Quando você se vê de frente para um novo perigo, todos os seus sentidos começam a trabalhar ao mesmo tempo. Algo em você grita pra sair correndo, mas, pra mim, era essa adrenalina que me fazia seguir em frente.
Belatricé me ultrapassou, parando na porta. Que estava lacrada com a tão familiar fita amarela, de cena do crime.
-Lacrada como sempre, rá rá!- observou ela procurando algo no bolso.
Eu já estava ficando impaciente.
-Sem problemas!- eu flexionei o  joelho, mirando uma parte perto da maçaneta, e com um chute que não requeriu muito de minha força, eu consegui arrancar uma parte da madeira, abrindo a porta por dentro.
Dei um sorriso presunçoso.
-Sabe...- ela me encarou os lábios cerrados- eu estava pensando em algo mais sutil e discreto...
Ela me mostrou um grampo, e um tipo de chave. Trabalho de mestre!
-Bom agora eu acho que ja foi- eu devo ter ficado vermelho.
Belatricé passou por mim, e eu a segui, olhando de um lado para o outro.
-Ótimo... o que agente faz agora, Buffy?- tentei quebrar o silêncio que não me fazia sentir bem.
-Que eu saiba, ela caça vampiros, e esse não é meu ramo. Ah, e é claro que nesse caso não tem nenhum.
-Nesse caso?- eu fiz um bico-  Agora vai me dizer que existem vampiros também? Tipo de cinema? Com capas, dentes e tudo mais?Arrãm, atá!
-Nunca desconcidere nada! Até porque eu não vi sozinha- a voz dela ficou baixa, e continuou em voz alta-E não seja ridículo, se pensa que eles são de andar por aí como um bando de idiotas.
-Idiota sou eu de ficar aqui ouvindo você me dizer essas coisas.
-Eu concordo, você realmente é um idiota.
-Rum...- virei a cara como uma criança birrenta- Já que me meti nisso, vamos ver como são as coisas por aqui.
-Declan?- chamou ela preocupada. Olhei um pouco desatento- Preste atenção, sei que você não está levando isso a sério, mas, é melhor levar... Por favor, não abaixe a guarda!- ela me encarou com um olhar fundo- Eu nem devia ter deixado você me seguir até aqui, pensei que um pouco de adrenalina ia lhe fazer bem, mas, as coisas não estão muito calmas por aqui...
-Eu nunca abaixo a guarda- eu respondi sério
-Mandaria você embora se pudesse, mas, acho que é tarde demais...
Eu poderia ter rido, se um barulho não tivesse chamado minha atenção, algo havia se espatifado no chão. Um vaso talvez, mas, não era isso que eu estava preocupado.
-Suspeitei...-começou ela.
-Para com isso Belatricé, já esta ficando ridículo!- interrompi ela.
-Não é a mim que você tem que pedir pra parar, faz o seguinte.. reza!
Nós dois viramos a cabeça pra lado quando outro barulho estridente ecoou pelo salão.
Um barulho agonizante me fez arrepiar da cabeça aos pés. O barulho de unhas arranhando a madeira continuou, por muito tempo dentro da minha cabeça quase, e eu estático, não sabia o que fazer.
-De baixo- ela murmurou para mim.
Sem me dar tempo de perguntar alguma coisa, ela segurou meu pulso e saiu me puxando, pelo corredores escuros, e mofados da casa.
-Aonde agente vai?- eu perguntei afobado.
-Não é obvio? O barulho veio de baixo. O que nos leva a conclusão de um porão.


No meio da sala havia uma porta, ela andou ate lá e a abriu, segui Belatricé. Quando a abriu, um vento gelado, de um lugar que devia ser mal-ventilado, bateu no meu rosto, um cheiro horrível, como se tivesse alguma coisa morta lá. Não havia sinal de vida, só que o barulho de unhas se intensificaram.


Continua...

sábado, 5 de março de 2011

Um ruido no Porão; Parte 1

Se tem uma coisa que eu aprendi no primeiro dia do curso de detetive, foi que não dá pra se seguir um taxi em Los Angeles, esperando acompanhar só pela cor.
Eu parei no semáforo, e não pude controlar, eu tinha que zoar  um pouquinho com ela.
-Belatricé! Pegue um fantasma aqui para mim!- e ri, como não ria a algum tempo.
Ela olhou pela janela, e me mostrou o dedo.
Eu ri mais ainda, depois ela me mandou ir para o diabo que me carregasse, e o taxi partiu, e obviamente eu fui atrás.
A grande e iluminada Los Angeles que eu conhecia, foi ficando para trás, dando vazão a ruas escuras e sinistras. 
O taxi parou na frente de um casarão, como se eu não fosse sentir um frio na barriga ao avalia-lo. Odiava essa palavra, mas, parecia algum tipo de premonição.
Vi Belatricé, descer do taxi, e ao invés de encarar a casa, ela me encarou enquanto eu encostava o carro, sob um olhar de desafio eu saí. Ela parecia me chamar para um racha. Nesse caso uma provação.
Eu parecia quase valente , enquanto me dirigia até ela, mas, tão desafiador como o de Belatricé. Coloquei as mãos nos bolsos da calça, e parei, fitando o casarão, sorri esperando ela me dizer algo.
-Achei que você fosse desviar no meio do caminho- disse ela.
-Eu disse que iria seguir você!
-Seu orgulho é maior do que o seu medo?- ela dera uma risadinha.
-Belo cenário senhorita, Blake- ignorei a pergunta.
-Não é a mim, a quem você deve parabenizar...
-Imagino que seja aos fantasmas.
-Eles não escolhem cenários, tem motivos para estar aqui ou ali.
-E qual é o motivo desse?- perguntei estranhamente sério.
-Digamos, que chegou aos meus ouvidos, que aqui tem um tipo de espírito obsessivo... Sabe o que é isso, não?
-Espíritos que vivem ao redor de uma coisa, ou pessoa, em especial... Isto é, em um caso hipotético, claro- me emendei.
-Exato, mas, nesse caso á algo mais sombrio que isso. Uma força maior do que apenas alguns fantasmas. Que eu não consigo ver o que é, não consigo!- ela parecia perturbada.
-Você está bem?- perguntei preocupado.
-Estou. Apenas não gosto de ficar sem saber das coisas.
-Você e mais um bilhão de pessoas. Não vai desistir dessa...?
-Insanidade... blá-blá-blá- interrompeu ela com desdém- Para você é isso, pra mim é monótono. Ou será que é medo?- ela tinha um sorriso diabólico.
-Ah qual é?


Eu fui andando para a entrada do casarão, Belatricé a curtos passos vinha seguindo atrás de mim, e num ultimo choque de realidade eu percebi que estava me metendo em algo realmente sério...


Continua...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sigo Belatricé até o Inferno

Eu ainda tinha ficado um tempo parado olhando á porta fechada.
Como se ela fosse sair, para me dizer algo, eu não sei bem o que eu esperava, mas, no final das contas eu sempre esperava alguma coisa de Belatricé.
Com a mente vazia, e a expressão, que não mostrava nada o que eu sentia eu me afastei me dirigindo para a porta do elevador. Eu não olhei os números do elevador mudarem enquanto ele subia, ou descia, não sei bem.
O silêncio foi rompido por passos pesados e agíeis. Olhei para o lado, por mero reflexo, e mais uma vez me surpreendi. 
Belatricé, vinha quase correndo. Olhou para o relógio, impaciente, como se fosse caso de vida ou morte.  
-Você não vai falar...- eu ia dizendo 
-To muito apressada-ela me cortou batendo os pés insistentemente no chão.
-Agente ainda não decidiu nada!- contestei agoniado.
-Pense no caso. Eu tenho um local de investigação. 
-O que?!-surtei- Você ia sair para resolver o caso e não ia me falar?
-Tá sabendo agora- disse ela olhando os andares passarem.
O elevador parou. Eu tentei falar com ela no elevador, mas, meu telefone tocou e eu tive que atender, nada de bom como sempre.
O elevador parou, e eu desliguei o telefone, sem me importar se a mulher do outro lado da linha ainda tinha alguma coisa á dizer.
-Você só pode estar brincando! Ei! Não me deixe falando sozinho!- eu saí correndo atrás dela.
Eu não reparei, mas, o hall do prédio parecia estar cheio.
-Se não quer falar sozinho...-ela acenou para um taxi que passava- fale com a porta!
Ela entrou no carro, e eu disse apontando para ela.
-Vou seguir você, Belatricé Blake!
-Vai pro inferno!- gritou ela mandando o taxi seguir.
-Só se o seu taxi estiver indo para lá!- gritei correndo para o meu carro que estava bem ali na porta.


Eu acelerei, mal sabia que naquela partida eu deixaria todo o meu ceticismo, e dali em diante eu descobriria que os meus fantasmas eram reais.


Continua...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Embarcando em uma Loucura

Quando se é um detetive, se torna muito fácil descobrir o endereço das pessoas.
Eu estava no meu carro e descobri que Belatricé morava num prédio, perto do centro da cidade, ou pelo menos quase perto.
Na verdade ela morava quase perto de tudo.
O fato era que eu estava indo atrás de Belatricé, as coisas não ficariam do jeito que tinham ficado  hoje á tarde, e as palavras da cigana ainda martelavam na minha cabeça. Aquilo não era o tipo de coisa que se esquecia com facilidade.
Não podia negar, que eu queria correr, a curiosidade de saber o que sairia da boca dela, me instigava. Belatricé era imprevisível. Talvez ela puxasse o tapete e gritasse na minha cara que era brincadeira. eu esperava fervorosamente por isso. 
Eu parei na porta de prédio dela, e desci do carro esperando qualquer coisa.
                                               **********
A porta abriu no meio de alguns devaneios.
-Ah, então você veio dar a ultima palavra? 
Dei de ombros.
-Bom, acho que entre nós nunca vai ter uma ultima palavra.
-Nada tem uma ultima palavra...-ela estava me olhando  daquele jeito de novo. Como se fosse uma assassina.
-Tem pra morte- desafiei
-Não tem não- ela me encarava sem medo, como se ela estalasse os dedos, eu poderia cair no chão já morto.
Má noticia; eu gostava do perigo.
-Caiu na real?-perguntou ela quebrando o silêncio, em tom sarcástico.
-Desculpe, não entendi...-me fingi de desentendido.
Me encostei no batente da porta, já que ela não parecia muita disposta a me convidar para entrar.
-A grande a revelação que fiz a seus olhos cegos.
-Hum..., você está falando daquele pretexto insano, que você me deu, para que eu largasse do seu pé?
-Não era um pretexto. Era verdade!- disse ela persuasiva.
Dei uma risada sonora.
-Sei...- e desviei os olhos dos delas, ela podia me convencer daquele jeito...
-Acha que eu estou brincando?! Poderia até aturar você...- arqueei uma sobrancelha. Achava legal o modo de ela ser tão franca- Se isso fosse provar que estou certa. E é claro, pelo fato de eu ver sua cara quando der de cara com um fantasma!- ela riu.
-Você vai levar as coisas tão longe assim? Montar uma armação, ou simplesmente puxar o tapete e dizer; ''Ai, seu babaca!''-arfei
-Na verdade ''babaca'' não é bem uma palavra que eu use com freqüência, talvez eu diga idiota. As possibilidades são infinitas.
Belatricé deu um sorriso angelical, e minha bochechas ficaram vermelha quando eu olhei pra ela por muito tempo.
-Então quer comprovar pra mim que essa mentira é verdade?
-Como pode ser verdade se é mentira?- ela sorriu gostando do trocadilho.
-Eu duvido!
-Pois então duvide longe daqui, você quase conseguiu mais eu não vou te envolver nisso.
-Não, eu não sei nada sobre você Belatricé. Agente não passou nem uma hora juntos!
-Você sabe de algo que ninguém sabe.
-É, acho que isso explica o fato de você não estar em uma camisa de força.
-Você é que é muito burro-explodiu ela de raiva derrepente, parecia querer arrancar a minha cabeça.
-Burro, por que?! Não vou cair nesse jogo. Eu não sei o que você quer, mas, não tente me passar para trás! Você nem me convidou para entrar!
-Não tem nada pra você aqui dentro- disse ela rudemente.
Ela me deixou sem fala.
-Realmente não sei o que você veio fazer aqui.
-Ser pisado e ridicularizado, por você Belatricé. Foi a unica coisa que fiz o dia todo. Repito; Você é louca.
Eu me desencostei do batente da porta.
-Será que se eu voltar á vê-la amanhã, você vai achar que é o Napoleão Bonaparte?
Eu dei a costas para ela.
-E você?!-ela gritou- Vai achar que é um detetive?
Belatricé bateu a porta.


E eu me arrependi de cada palavra que disse aquela noite.

Continua...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Uma Cigana; Parte 2

A velha me encarava.
E eu não conseguia esquecer, aquele brilho vermelho, aquela frase cheia de mistérios.
Ela esperava eu falar.
-Então suponho eu, que queira ver o meu futuro...- eu esperava que fosse só isso.
-Ele já está claro para mim rapaz- ela quase me interrompeu- Só quero ver mais de perto, por que você é muito interessante.
-Respeito suas crenças senhora, mas, não as compartilho.
-Você vai deixar de não acreditar, logo logo.
-Não sei como- e ri.
Eu ia continuar, mostrando o quão mentira toda essa estória de futuro era. Mas, a velha cigana não me eu atenção. Puxou minha mão com força. Aquela velha devia tomar algum tipo de vitamina para os ossos.
-Senhora...- eu protestei tentando tirar a minha mão da dela com gentileza.
-Se você não acredita, que diferença faz?
-A diferença, é que eu vou ficar com aproximadamente, com menos dez doláres na minha carteira.
-O senhor não tem cara de ser mão fechada...- aquela velha devia ser atendente de telemarkenting.
-Tudo bem, ta?!- me rendi, retirando do bolso a minha carteira- Estava sentindo que a senhora não ia me deixar passar facilmente.
Ela tomou minha mão. Fiquei sério, ela passou o dedo indicador, pelas linhas de minha mão, e eu parecia estar levando pequenos choques elétricos.
-Como está indo sua mãe?
Fechei a cara, me poupando dos pensamentos que viriam á seguir.
-Paguei você para tentar ler o meu futuro, não para fazer perguntas sobre minha vida particular.
-Se fosse você também não iria querer falar disso...
-Vai ver o diabo do futuro, ou não?
-Trás má sorte, falar do próprio futuro assim...
Eu já estava perdendo a paciência quando ela começou á falar num jato.
-Belatricé tem os motivos dela.Não quer colocar mais ninguém na história. ela pensa que essa carga só ela deve carregar- como ela sabia o nome de Belatricé?- Agora, você pode não acreditar nela, mas, em breve você vai ver os mortos com os próprios olhos, vai embarcar nessa de cabeça, seu futuro é especifico, se a qualquer momento você se desviar dele, não se quando pensar que não tem saída, o destino lhe abrirá as janelas para você.
-Rá!-ladrei- Agora você quer me convencer que aquela história sem pé, nem cabeça é real?- arfei
-Você não vai acreditar. Agora!Você mesmo vai ver! Como agora!- e apontou para o sul maravilhada.
Olhei para trás rapidamente, não ví nada.
-O que...?- eu olhei para os dois lados, a velha sumira, pelas minha costas.
As ruas vazias vazias na escuridão pareciam agourentas, e fantasmagóricas, dando ênfase no discurso da cigana.
Não pude conter o calafrio.
Olhei o relógio por hábito. Estava parado, analisei os ponteiros imóveis.
Dei duas batidelas com o indicador, e eles voltaram a girar.
Eu precisava voltar pra casa. Algo parecia assoprar no meu ouvido.
-Acredite!


Eu ouvi, por um minuto isso foi uma certeza então, eu balancei a cabeça, ainda um pouco transtornado. Devia ser só o vento... 


Continua...
            

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma Cigana; Parte 1



Voltei para casa furioso. Tive que engolir calado, tudo o que aquele maldito delegado cuspiu na minha cara. E ainda mais toda aquela história de 'fantasmas ajudantes'.
-Ainda bem que eu saí de lá, antes que ela me dissesse que o sobrenome dela era Winchester!-murmurei batendo a porta e jogando minha jaqueta no chão.
Me esparramei no sofá. Mas, eu ainda não conseguia esquecer aqueles olhos, místicos, de Belatricé. O que haveria neles? Seja o que fosse eles me trouxeram sensações sinistras. E eu ficara como um tolo parado no meio da calçada, com o boca escancarada, pasmado pela veracidade daqueles olhos fundos.
Não consegui mentir pra mim mesmo, que já fazia algum tempo que eu não analisava alguém com aqueles olhos, cumpridos, sagazes, e de certa forma apai... 
ARGTH! NÃO!
-Isso não ia acontecer, só por que ela me deu um fora, ela não vai virar a minha cabeça!- falei em voz alta.
Me levantei cansado, olhei para o relógio, nove e meia, mais eu não ia dormir, fui ao hall, peguei minha jaqueta, que estava largada no chão, e abri a porta. Consegui sair do prédio, depois de cumprimentar pessoas que eu nem sabia quem eram, talvez eu soubesse, mais minha cabeça estava cheia.
A brisa gelada da noite, me fez conseguir respirar fundo.
E eu fui andando sem rumo, como se algo me guiasse sem que eu percebesse, algo me puxava pelas ruas de Los Angeles.
Eu andava olhando para os meus pés.
-Sr. Declan Pryce?!- chamou uma voz rouca de mulher.
-Pois não?...-eu me virei, e levei um mega susto.
Jurava que a velha estava a uns bons metros de distancia, e no entanto agora ela quase me beijava.
ÉCA!
-Desculpe- ela deu uma risada falseta- A noite as pessoas costumam se assustar com facilidade, não é detetive?
-Num sei... Levam?- tentei ser sarcástico, mais só pareci mais idiota.
-Você se assustou agora, não?- eu não porque mais tive a leve impressão que ela estava zuando com a minha cara.
-Er...-respondi indeciso, ela piscou pra mim, como uma garota interessada. Um sorriso cheio de dentes amarelos, e presas podres- De onde a senhora me conhece?
Não pude evitar que os cantos dos meus lábios se curvassem para baixo.
-Essa não é a pergunta certa, Sr. Pryce. Deem-me sua mão- e ela estendeu a dela.
-A senhora é uma cigana certo?- percorri os olhos pela saia laranja, bordada
 em fios dourados, no estilo crepe, a blusa em conjunto com a saia, mais parecia um vestido.E uma sandália marrom humilde, os três dentes de ouro a mostra, e o cabelo para trás, com um arco dourado.
-Sim, eu sou- respondeu ela misteriosa- E vim especialmente, para você!
Eu pensei ter visto os olhos dela faíscarem, com uma luz vermelha que não estava ali antes. 


Um olhar quase assassino, e senti um calafrio percorrer a minha espinha. O que aquela velha queria comigo?

Continua...